Só uma imensa vontade de partilha, para que a todos tudo chegue, me move...tudo o que seja pensado acima desta "fasquia" medida por uma fraqueza humana (EU mesmo) mas confiante na Providência Divina, são meras suposições humanas que eu declino em amor e verdade perante Aquele que "sonda os corações e conhece os pensamentos mais escondidos."


"Sobre os teu muros Jerusalém colocarei sentinelas que dia e noite anunciarão o NOME do SENHOR."


Não faz o obreiro mais do que lhe é devido.


Discípulo do Mestre Jesus Cristo

Servidor do Pai Criador em espírito e verdade

Porque assim quer o PAI que O sirvam

e Adorem

02 outubro, 2011

Humano



Por Vontade esclarecida á 3 meses vim viver para um local por onde “flutuei” acerca de 20 anos. Local tranquilo e sereno, mas só para quem o compreende, porque para o restante dos seres vivos é um local a evitar a todo o custo como tantos outros em Lisboa e arredores…arredores como o circuito, Damaia – Cova da Moura – Buraca, onde residi os últimos 2 anos. Acerca disto escrevi noutro texto…quando cheguei aqui era o mês em que partia a Tua ultima presença física daqui depois de mais meio século, creio eu, de apostolado das “Irmãs do Divino Amor” que assim deixavam mais um espaço vazio do Seu Senhor, porque as “novas directrizes” da Ordem assim o entendiam. Até soa a um comunicado empresarial. Bem, mas não é isso que hoje me fez juntar letras.
À sexta, e sábado saio sempre mais tarde do “laboro” que me paga as contas deste mundo e assim cheguei a casa cerca das 3 horas e vinha cansado mas, fiquei em doces colóquios Contigo até perto das 7, entretanto antes de descansar um pouco fui á padaria para comer algo antes de me encostar um pouco a Teus pés.
No trajecto, encontrei irmãos nossos aqui do bairro que me pararam e com quem trocava algumas palavras, quando tudo aconteceu.
Num momento um Lancia azul aproxima-se de nós e abranda a marcha e faz a pergunta mais natural a qualquer hora; “têm branca?” ao que um dos meus amigos responde: “temos e só estamos á espera da preta para jogar ás damas…”
Esta pergunta nada teria incomum neste lugar…não fora algo que até a estes meus irmãos saltou á vista…esta jovem mulher, bonita e bem parecida, e mais o deambular pelo bairro questionando, demonstrava ainda ser iniciante…
Mas a situação que aqui deixo, mais como uma confissão de inutilidade perante coisas que por muito que tenhamos aprendido e mesmo visto (e se vi ò Meu Deus, só Tu podes saber porque tudo vês) nunca estamos preparados para elas, principalmente quando já passamos pelo mesmo inferno, numa vida longínqua:
ELA tinha uma cadeira de Bébé no carro…e com um Bébé que ainda não teria 1 ano.
Meu Deus Tu sabes o que senti nesse momento. Vi-me a mim com menos de 6 meses numa esquadra de polícia e vi tudo e mais alguma coisa que dali vai advir, para a mãe e a própria criança, e o meu coração e todo o meu ser estremeceu variadas vezes e já ia “em missão” quando aconteceu…o Quim, (o Quim Senhor…se conhecêsseis o Quim um dos que comigo conversava, entendiam o que quero dizer) me agarra suavemente no braço e me diz de uma forma que só eu poderia entender…não vale a pena, não vale a pena, já, não…

Sofri na carne e no mais profundo do meu ser “violações” e feridas e dores que não lembram a quem as não viver, primeiro na ingenuidade e depois num propósito silencioso e de que não falarão os anais da história. E que assim deve ficar apagado e esquecido como os sítios por onde peregrina. Mas esta dor foi terrível até mesmo dilacerante. Queria correr e abraçar aquela jovem mãe num abraço onde todo o meu ser se pudesse “doar” numa “consciência de partilha” para com isso lhe “mostrar”, ou melhor, “disponibilizava o conhecimento da experiência adquirida” para que ela a absorvesse em si, tal qualquer comunicação através do “ADN do espírito”, da monada, da essência Una, ou da simples filiação que nos une como irmãos.
O que eu queria mesmo era poder ter feito algo, num momento em que isso me parecia tão útil, e mesmo sabendo todos os benefícios/malefícios destas abordagens abruptas e inesperadas. Mas meu Senhor, não era ao que o momento obrigava?
Dizes que não porque se fosse, eu o teria chegado a fazer…e como eu sei que isto é verdade…porque nesses momentos não sou eu que me movo…ou me paro.
A verdade é que as palavras mesmo impregnadas de experiência só devem ser proferidas quando os ouvidos já estão preparados, antes disso, só vai trazer mais dores e confusões.
É o mesmo que dizer a alguém que inicia o aprendizado de condutor de um veículo que as mudanças “se metem” carregando na embraiagem quando ainda não sabem ligar o carro…
Porque dizem as pessoas…se soubesse o que sei hoje…
Pois, mas não sabias…nem tu nem eu, nem ninguém sem antes o ter vivido… mesmo o “ver” grande parte das vezes não chega…é preciso viver.
Creio que a frase mais correcta, será; graças te dou ó Pai por saber o que sei hoje e disponível para aprender o amanhã, quando ele chegar, se ele chegar.
Mas eu sou um ser humano que quanto mais de se desassocia da sua humanidade, “ mais Humano” fica nos sentido estrito desta palavra, o que me faz depreender daqui que a elevação espiritual nos “arrebata” sempre no sentido de restabelecer o que há de melhor no ser humano e isso é mesmo a sua “Humanidade”, aquele sentimento que nos liga um ao outro e que vem sempre ao de cima em momentos extremos da nossa História.
O Olhar Humano tem de ser um olhar que vê o seu Igual…Igual. Fraquezas, desejos, pensamentos e com o mesmo direito de os ter ainda que não de acordo com os nossos …e com as mesmas possibilidades.
Este é o olhar Humano. Onde nos revemos uns nos outros. E temos de perceber nesse olhar que aquele ser que também me olha é Humano, tal como eu.
E tu. Olhar Humano é ver através para além da carne.
 É ver que a Humanidade é única; é não julgar nem criticar; é amar só porque sim, todos e cada um, para lá de todas as capas e véus, na sua Humanidade.
E assim nos tornamos Espirituais.

Por esta jovem mãe e a sua cria e por todos os “perdidos” que lutam por Ser infundamos Amor nestas presenças confusas ainda que á distância. Por um minuto pensamos em “doar” um pouco do nosso equilíbrio, ainda que muitas vezes frágil, a estes e estas almas, que só pedem uma Luz para o Caminho.
Dói muito entender que não o faremos todo.
Que não podemos abraçar o mundo. Principalmente se o mundo ou grande parte o rejeita.

Senhor meu Deus,
não sei para onde vou.
Não vejo o caminho em frente,
nem sei ao certo onde ele findará.
Na verdade nem me conheço
e o facto de pensar
que estou a seguir a Tua vontade
não quer dizer que eu esteja a ser-lhe fiel.
Mas creio que o desejo de Te agradar
Te agrada realmente.
E espero manter este desejo
em tudo quanto fizer.
Espero jamais fazer qualquer coisa
alheia a esse desejo.
Sei que, se agir assim,
Tu me conduzirás pelo caminho certo,
embora eu nada possa saber sobre ele.
Por isso, sempre confiarei em Ti,
mesmo que me sinta perdido
ou às portas da morte,
nada recearei,
pois Tu estás sempre comigo
e nunca me deixarás sozinho.
(T. Merton)

Oração pela Efusão do Espírito Santo

Vem, Espírito Santo,
E renova em mim a chama do Teu amor.
Enche-me de fé, Senhor,
E revela com Tua luz todas as minhas dores e traumas.
Liberta-me, Espírito Santo,
E faz de mim uma nova criatura.
Santifica o meu espírito e alma,
Renovando também todo meu ser, emoções,
Mente, ouvidos, olhos, lábios e actos.
Capacita-me a viver a Palavra de Nosso Senhor
Jesus Cristo em toda sua profundidade.
E agora, Santo Espírito,
Dá-me os Teus dons
Para que eu possa melhor servir o reino de Deus,
Amando, indistintamente, todos meus irmãos.
Mas, acima de tudo, derrama o Dom do louvor,
Para que, em tudo e por tudo,
Eu glorifique o Senhor Eterno, Pai da Criação, Nosso Deus.
Em nome de Jesus Cristo.
Amem.
Vinde, pois, ó Espírito Santo, Pai das almas, vinde, inundai-nos do Vosso amor!
Sequência Devotíssima
Vinde, Santo Espírito, e mandai do céu um raio de Vossa luz.
Vinde, Pai dos pobres, vinde, ó distribuidor dos bens, vinde, ó luz dos corações.
Vinde, Consolador óptimo, doce Hóspede e suave alegria das almas.
Vinde aliviar-lhes os trabalhos, temperar-lhes os ardores e enxugar-lhes as lágrimas.
Ó luz beatíssima, inflamai o íntimo dos corações dos Vossos fiéis.
Sem a Vossa graça nada há no homem, nada que se possa dizer inocente.
Lavai, pois, o que em nós é sórdido, regai o que é seco, sarai o que está ferido.
Abrandai o que é duro, abrasai o que é seco e reconduzi o desviado.
Concedei aos Vossos servos, que em Vós confiam, os Vossos 7 dons.
Dai-lhes o mérito da virtude, o dom da graça final e o glorioso prémio dos prazeres eternos.
Assim seja


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...perdoa a estrutura.
É fraca. Fortalece-a com a tua partilha.
Estás em casa. Senta-te. Demora-te. Fica para sempre. Só te peço que enquanto aqui estás...penses em ti.
Porque enquanto pensamos em nós pensamos em algo mais elevado do que somente estar.
...por isso quero que estejas e sejas tu própria/o.